PRESIDENTE DA AT AUSCULTA GESTORES DE RECURSOS HUMANOS

Reunidos na tarde desta terça-feira (23), no auditório do edifício-sede da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), o Presidente da AT, Aníbal Mbalango, desafiou a Direcção de Recursos Humanos a uma maior proactividade e atenção na resolução das preocupações apresentadas pelos funcionários da instituição. Para tal, exigiu para que a direcção faça uma análise estratégica das mesmas, com vista a apresentar propostas concretas de acções para ultrapassar a situação.
O dirigente fez estes pronunciamentos durante o encontro que manteve com os funcionários do sector, com o objectivo de auscultar as principais questões que inquietam os colaboradores da instituição, na expectativa de, em conjunto, poder reflectir em torno de possíveis soluções para as mesmas.
Na presença do Director-Geral dos Serviços Comuns, Manuel Quinze, Aníbal Mbalango encorajou os funcionários a partilharem, de forma franca e aberta, os constrangimentos que enfrentam no dia a dia. “Vocês lidam com os colegas todos os dias. Vocês ouvem e têm as preocupações reais de cada um e, certamente, têm o desejo de ver tais preocupações sanadas. Então, estamos aqui para vos ouvir. Estou aqui para também colaborar na busca de soluções para as preocupações de todos nós. Mas também, queremos ouvir propostas de caminho a seguir, a médio e longo prazo, para dinamizar e estimular os recursos humanos para maior engajamento”, disse.
Tomando a palavra, a Directora de Recursos Humanos (DRH), Lizeth Matsimbe, referiu que, em cumprimento das orientações do próprio Presidente, a DRH reuniu-se com as repartições de recursos humanos e assuntos sociais, a nível das delegações provinciais, e constatou, como uma das principais preocupações dos sectores, a falta de comunicação com o nível central.
Na sequência, estimulados pelo Presidente da AT a falarem, sem receio, das preocupações, não apenas do sector de recursos humanos, mas também dos funcionários em geral, as intervenções destacaram, de modo geral, como um dos principais problemas, a falta de transferência dos funcionários entre orgânicas, visto que há trabalhadores que permanecem no mesmo sector há vários anos, o que tem contribuído significativamente para a falta de motivação generalizada. Para além disso, referiram também a falta de pagamento de subsídios aos funcionários que exercem cargos de chefia e direcção, a morosidade no pagamento de subsídios de funeral, o impacto da Tabela Salarial Única, principalmente nos novos ingressos, a falta de uniforme, problemas de saúde, entre outros.
Reagindo às colocações, Aníbal Mbalango agradeceu a abertura de todos em partilhar aquilo que pensam sobre os desafios da instituição em matéria de recursos humanos. Disse que os problemas referidos também representam suas preocupações, entretanto, é imperioso que todos sejamos proactivos na busca de soluções, começando, principalmente, pela própria Direcção que tem a responsabilidade de gerir os recursos humanos da instituição. “Precisamos sim de melhorar a nossa comunicação. É importante que, enquanto gestores de recursos humanos, os funcionários sejam capazes de receber as preocupações dos colegas e dar-lhes a atenção adequada”.
No que se refere à mobilidade interna de funcionários, Mbalango realçou que a medida está em processo e que a mesma vai levar o tempo necessário até atingir o estágio desejável, incluindo o estabelecimento de um critério o mais justo possível de transferência, até porque se trata de um processo que precisa ser conjugado com vários outros aspectos. Na sequência, recordou que é necessário que a DRH reflicta sobre os normativos da instituição, de modo a avaliar a sua aplicabilidade ao cenário actual, tendo, para tal, orientado a Direcção a constituir uma comissão para o efeito.
A terminar, o Presidente da AT referiu que a DGSC foi orientada a fazer um trabalho similar de auscultação nas delegações provinciais, de modo a contribuir para que os processos internos sejam melhorados, desconcentrados e promovam maior interacção e proactividade. Entretanto, frisou que é necessário que a instituição esteja concentrada na sua missão de cobrar receitas, pois só assim se poderá desenvolver barganha para discutir as questões que preocupam os funcionários.